Ser ou não ser minimalista


Primeiro, o que é o minimalismo? Há realmente muita pressão no que diz respeito ao que um minimalista deve ser.

Criou-se um estereótipo de tal forma exigente e restritivo que, para muitos, ser minimalista, significa não possuir praticamente nada, viver numa casa com uma decoração mínima, branca e estéril ou então viver como um nómada digital e viajar pelo mundo só com uma mochila.

Eis algumas razões  pelas quais eu não me encaixo nesta definição estereotipada do que é ser um "minimalista": 

Viver de uma mochila 

 Eu gosto de ter minha própria casa, o meu próprio espaço e as minhas coisas. Essa segurança traz-me felicidade. A rotina mantém-me motivada, a familiaridade mantém-me sã. Gosto de viajar e conhecer novos lugares e ter experiências incríveis, mas sabe sempre tão bem regressar a casa que isto era algo que nunca conseguiria fazer a longo prazo.

Gadjets electrónicos 

A minha casa está cheia de fios, gadgets e cameras em todo o lado! Quem tem uma casa "inteligente", sabe do que falo. No entanto tudo o que usamos tem que ter um propósito e uma utilidade real, como o meu kobo, que uso para ler a maioria dos meus livros e o ipad onde passo horas no YouTube (sorry, not sorry).

Comida

Cozinhar pode ser relaxante e inspirador. Gosto de aprender novas receitas e adapta-las à nossa realidade familiar. Tenho sempre na despensa vários ingredientes e produtos, para que possa criar novas receitas e ter uma alimentação variada, já que fazemos todas as nossas refeições em casa.

Moda e Beleza

Nunca fui grande shopaholic e sempre ponderei bem as minhas compras, no entanto gosto de ter as minhas opções. Tanto o meu guarda-roupa como a gaveta de maquilhagem não são de um minimalista extremoso, nem de um guru de beleza viciado em compras. É um meio termo que me mantém feliz e faz sentido na minha vida. Convivo bem com a certeza que nunca vou ser aquele minimalista que não usa maquilhagem e só tem uma mochila com meia dúzia de roupas.

Os Media

Estou constantemente a absorver informação dos media. Tenho o Spotify sempre ligado e gosto de um bom bingewatch de Netflix. Uso diferentes formas de media para aprender, educar, divertir-me e ter novas ideias. Há que encontrar um equilíbrio. A verdadeira essência do minimalismo é saber usá-lo como uma ferramenta para simplificar as nossas vidas. Como resultado do uso dessa ferramenta, há uma redução no consumo, um desapego crescente do material e um aumento do crescimento, pessoal e intelectual. No entanto, é importante não esquecer que o minimalismo é um processo que deve ser pensado em função do estilo de vida de cada um e não tem que ser levado ao extremo.
Para mim o minimalismo não é viver na ansiedade de possuir cada vez menos coisas, mas sim saber simplificar a vida e enriquecê-la com o que nos faz feliz

Esta é a minha forma de ser minimalista. Qual é a tua? Partilha a tua opinião nos comentários.

 foto paula schmidt

Sem comentários:

Enviar um comentário