Não há nada como uma boa dose de panquecas para nos abrir o coração. Estive muito tempo a ponderar escrever este post. Depois ainda mais tempo para decidir se o publicava ou não.
O ano em que casámos, foi um turbilhão de emoções. Umas boas (maravilhosas mesmo), outras nem por isso mas todas elas nos moldaram ao que somos hoje, à nossa forma de encarar a vida e de a vivermos como o casal unido que somos. Tínhamos casado à quatro meses, quando um de nós teve que ser operado de urgência. Foi um grande abalo e um período muito atribulado na nossa vida de casal. Foi diagnosticada Doença de Crohn e que segundo os médicos, teria ficado circunscrita à área intervencionada. Ainda assim foi um choque, especialmente porque nenhum de nós sabia o que era. Passaram nove meses e mais duas intervenções, até as coisas regularizarem e acalmarem. Cinco anos volvidos, aquela parte do corpo voltou a dar sinais de vida... Uma manifestação ligeira mas que deu direito a estadia no hospital por uns dias... Primeiro vemos a vida, literalmente, a andar para trás, o corpo fica em modo máquina e é come e dorme até chegar a hora da visita no hospital. Depois faz-se o clique e é voltar a "digerir" a coisa da melhor maneira possível.
O ano em que casámos, foi um turbilhão de emoções. Umas boas (maravilhosas mesmo), outras nem por isso mas todas elas nos moldaram ao que somos hoje, à nossa forma de encarar a vida e de a vivermos como o casal unido que somos. Tínhamos casado à quatro meses, quando um de nós teve que ser operado de urgência. Foi um grande abalo e um período muito atribulado na nossa vida de casal. Foi diagnosticada Doença de Crohn e que segundo os médicos, teria ficado circunscrita à área intervencionada. Ainda assim foi um choque, especialmente porque nenhum de nós sabia o que era. Passaram nove meses e mais duas intervenções, até as coisas regularizarem e acalmarem. Cinco anos volvidos, aquela parte do corpo voltou a dar sinais de vida... Uma manifestação ligeira mas que deu direito a estadia no hospital por uns dias... Primeiro vemos a vida, literalmente, a andar para trás, o corpo fica em modo máquina e é come e dorme até chegar a hora da visita no hospital. Depois faz-se o clique e é voltar a "digerir" a coisa da melhor maneira possível.
Costumo dizer, não há problemas, há soluções. Por isso com calma, voltámos aos estudos para tentar perceber melhor esta condição e tentar arranjar soluções viáveis.
TODOS OS DIAS SÃO BONS PARA APRENDER
O que sabemos, à partida, é que a DC é uma inflamação crónica que pode afectar todo ou uma parte do sistema digestivo, não possui cura e por isso temos que aprender a viver e a conviver com ela. Na verdade, ainda está por desvendar qual a causa desta doença mas parece haver alguma ligação com a hereditariedade, uma vez que uma parte dos pacientes com Crohn têm um familiar com alguma forma de doença inflamatória do intestino. Os factores stress e sedentarismo também são tidos em consideração.
A comunidade médica considera que a alimentação em si não condiciona a doença, ou seja não é o elemento desencadeador da mesma. É assim difícil determinar uma dieta especifica, porque cada caso é um caso e cada corpo deverá saber identificar os alimentos bons e os alimentos menos bons. A maioria dos doentes com DC pode, assim, fazer uma alimentação normal e sem restrições alimentares, excepto nos períodos em que ocorrem crises, devendo nessa altura optar por uma dieta pobre em resíduos e que não contenha lactose. Na minha opinião é importante ter atenção à alimentação, especialmente depois de estarmos conscientes da existência da condição.
Acredito que se deve procurar saber quais os alimentos que causam desconforto e que é positivo a pessoa estar atenta ao que come e ir experimentando e inserindo alimentos novos ou diferentes na alimentação, sempre com precaução, para perceber quais as respostas que o corpo dá. Deixo só um alerta, a pessoa com DC tem tendência para perder peso nas fases de expressão da doença, por isso é obrigatório estar atento ao peso e às manifestações de perda. Em termos de prevenção, infelizmente não é possível prevenir a doença em si, sendo apenas possível precaver ou retardar o aparecimento da sintomatologia associada.
A comunidade médica considera que a alimentação em si não condiciona a doença, ou seja não é o elemento desencadeador da mesma. É assim difícil determinar uma dieta especifica, porque cada caso é um caso e cada corpo deverá saber identificar os alimentos bons e os alimentos menos bons. A maioria dos doentes com DC pode, assim, fazer uma alimentação normal e sem restrições alimentares, excepto nos períodos em que ocorrem crises, devendo nessa altura optar por uma dieta pobre em resíduos e que não contenha lactose. Na minha opinião é importante ter atenção à alimentação, especialmente depois de estarmos conscientes da existência da condição.
Acredito que se deve procurar saber quais os alimentos que causam desconforto e que é positivo a pessoa estar atenta ao que come e ir experimentando e inserindo alimentos novos ou diferentes na alimentação, sempre com precaução, para perceber quais as respostas que o corpo dá. Deixo só um alerta, a pessoa com DC tem tendência para perder peso nas fases de expressão da doença, por isso é obrigatório estar atento ao peso e às manifestações de perda. Em termos de prevenção, infelizmente não é possível prevenir a doença em si, sendo apenas possível precaver ou retardar o aparecimento da sintomatologia associada.
A cada dia, tentamos perceber o melhor possível a condição em si, de maneira a contribuir para a sensação de bem estar e normalidade que todos procuramos. Quem Ama cuida, não é?!
Temos tentado fazer uma alimentação equilibrada e simples, dando prioridade a alimentos biológicos e evitando, especialmente a gordura, o açúcar e alimentos ou ingredientes demasiado processados/industrializados. As refeições são maioritariamente caseiras, não ficar mais de 3h sem comer e beber muita água, é importante. Tal como qualquer pessoa, há que saber ouvir o nosso corpo e estar atento aos
sinais, seja a nível físico, seja a nível psicológico (o stress e esses "bichos" da modernidade que nos atormentam).
LISTAS QUE AJUDAM E UMA RECEITA DO BEM
Nos primeiros tempos é necessário um reajuste e estar atento aos sinais do corpo. Imaginar refeições caseiras diárias e fugir aos produtos industrializados e processados, pode ser difícil nos dias mais agitados mas depois habituamos-nos. Fazer listas dos alimentos evitados ou menos tolerados e dos alimentos que são seguros ou bem aceites, pode ajudar, especialmente, a não perder o fio à meada e a manter o controle. Estas são a mais actuais, mas atenção: um alimento que hoje é bem aceite amanhã pode já não ser bem tolerado. É de dar em doidos, mas ok!ALIMENTOS MENOS TOLERADOS
- Pão integral.
- Massa e arroz integral (de vez em quando).
- Pães doces, farelos, cereais muito açucarados, bolachas doces ou recheadas, waffles, salgados e fritos em geral.
- Sumos de pacote e alimentos muito açucarados.
- Ameixa, kiwi, manga, laranja, pêssego, melão, uvas passas, frutas secas, coco, morango.
- Verduras (couve, couve-flor, brócolos, agrião, alface), milho, pimentão.
- Verduras ou legumes crus.
- Feijão, lentilhas, ervilhas, grão de bico, nozes, amendoins.
- Gema de ovo.
- Leite animal e produtos com lactose.
- Enchidos, fígado, carnes gordurosas.
- Carne vermelha (de vez em quando).
- Molhos (maionese, ketchup, mostarda).
- Doces e compotas, refrigerantes, bebidas alcoólicas.
- Especiarias e picantes.
- Batatas fritas (pacote ou caseiras).
- Sementes ou alimentos com sementes pequenas.
ALIMENTOS BEM ACEITES
- Pão de trigo, pão de mistura (de vez em quando), massa, arroz.
- Cereais pequeno almoço sem ou pouco açúcar, de milho e de arroz (de vez em quando), aveia.
- Bolacha de água e sal, tortitas de arroz, bolacha maria e bolo de arroz (de vez em quando).
- Maçã sem casca, banana, abacaxi, puré de frutas, maçã assada.
- Espinafre, courgete, batata, cenoura, chuchu e abóbora, tudo bem cozido, em forma de puré ou creme.
- Bebida de arroz, de amêndoa e de soja.
- Carne de frango sem pele, peru, qualquer peixe (cozidos, grelhados ou ao vapor), clara de ovo, camarões cozidos.
- Soja 100% biológica.
- Creme de barrar vegetal.
- Chá preto ou de ervas.
- Água, sumo 100% maçã.
- Gelatina.
- Iogurtes e queijo sem lactose.
- Xarope de agave.
- Abacate.
- Azeite (pouco).
De salientar que todos os alimentos devem ser bem cozidos,
especialmente a carne e o marisco. O açúcar, por ser um agente
inflamatório, por natureza, convém evitar. Como praticamente tudo tem açúcar adicionado e porque não podemos esquecer que o corpo também precisa de algum açúcar para funcionar, evitamos o mais óbvio.
Ultimamente também nos temos questionado sobre a presença do glúten.
Será que tem alguma influência? Para já não sabemos, mas de vez em quando variamos, com alguns alimentos isentos de glúten e vamos continuar a
investigar e a experimentar.
Ambos partilhamos as mesmas refeições, porque na verdade é uma alimentação normal e sem grandes restrições alimentares. A única excepção são os verdes crus, como a alface por exemplo e os pequenos-almoços, que de vez em quando partilho no meu instagram. Nesta refeição tenho uma escolha maior de frutas, cereais integrais e sementes que posso comer à vontade. Recentemente fiz umas panquecas para o nosso pequeno almoço que correram super bem, por isso resolvi partilhar, para quem quiser experimentar. Ficaram realmente boas!!
Ambos partilhamos as mesmas refeições, porque na verdade é uma alimentação normal e sem grandes restrições alimentares. A única excepção são os verdes crus, como a alface por exemplo e os pequenos-almoços, que de vez em quando partilho no meu instagram. Nesta refeição tenho uma escolha maior de frutas, cereais integrais e sementes que posso comer à vontade. Recentemente fiz umas panquecas para o nosso pequeno almoço que correram super bem, por isso resolvi partilhar, para quem quiser experimentar. Ficaram realmente boas!!
PANQUECAS DE AVEIA E MAÇÃ (sem glúten)
1 ovo biológico grande ou 2 pequenos
1 maçã grande (sem casca) ralada (usei maçã royal gala)
5 colheres de sopa de farinha de aveia
1 colher de café de fermento em pó
3 colheres de sopa de bebida vegetal de arroz
1 colher de sopa de xarope de agave
Óleo de coco
Esta é a minha perspectiva e sem ter formação médica, vale o que vale. Ainda existem muitas dúvidas sobre a DC e outras tantas coisas que podia falar sobre isto, mas acho que já me alonguei demasiado.
A partilha de experiências enriquece e se tens algo mais que gostarias de acrescentar a este post, usa os comentários. Obrigada ;)
Não sei se já conheces, mas deixo a recomendação: https://www.youtube.com/watch?v=C9XQ7vSOHcg :)
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